sexta-feira, 25 de maio de 2012

Planetary Resources: Arkyd Series 100

Chris Lewicki, presidente e chefe de 
engenharia da Planetary Resources (Fonte)
No dia 24 de abril de 2012 veio ao conhecimento público uma organização que promete algo que muitos entusiastas sonhavam: a mineração de asteroides. A empresa, Planetary Resources, foi formada em 2010 com o nome de Arkyd Astronautics e, em segredo, contratou alguns engenheiros para começar o planejamento do desenvolvimento de sondas e equipamentos espaciais necessários.

O primeiro equipamento da lista será um pequeno telescópio espacial chamado Leo, da série de naves Arkyd 100. O objetivo desta série é desenvolver as tecnologias necessárias para os robôs que interceptarão os asteroides, fazer um levantamento dos corpos que estão próximo a Terra, procurando os melhores (bastante água, metais e etc.) e formar o primeiro produto disponível para a empresa, onde os clientes podem obter imagens do espaço ou da Terra.

O Leo é um telescópio pequeno, planejado para ser lançado como carga secundária em um lançador, assim a empresa não precisa comprar um lançador. Muitas outras organizações seguem esta mesma estratégia de lançamentos, mais baratos, para seus pequenos satélites. O caso mais famoso é o Cubesat, satélites com 1 kg, construídos, principalmente, por universidades.

(Fonte)
O telescópio conta com um painel solar, que fornece energia suficiente para seu funcionamento, o telescópio propriamente dito, rodas de reação, sensores estelares e um laser para comunicação. A escolha das rodas de reação e da comunicação via laser deu-se devido ao menor peso dos componentes. As rodas de reação são dispositivos que aproveitam a inércia para girar o satélite e, assim, mudar sua posição, isso tudo usando somente eletricidade. Quando um motor elétrico gira um disco (a roda de reação) o motor, e consequentemente o que estiver preso a ele (o satélite e seu telescópio) irá adquirir um movimento no sentido oposto. Monitorando a intensidade desse movimento através de sensores inerciais é possível saber a velocidade angular atingida e saber quando parar. Para parar, basta interromper o giro do disco. Não é uma tecnologia nova, muitos outros satélites usam este dispositivo, até mesmo a Estação Espacial Internacional usa para pequenos ajustes. Já a comunicação via Laser evita o uso de pesadas antenas, porém está sujeita a interrupções como nuvens e o quantidade de atmosfera que ela deverá atravessar.

Vista do telescópio, de reflexão. (Fonte)
O painel solar, dividido em três placas, é totalmente visível nessa imagem. As células são, aparentemente, de silício, ao invés de Arsenieto de Gálio, tecnologia geralmente utilizada em satélites. Na parte inferior esquerda, abaixo do painel central, temos o que parece ser um sensor solar, onde o computador do telescópio pode determinar se o painel aponta diretamente para o Sol. Abaixo do aviso, em vermelho, temos o sensor estelar, usado para navegação. 





Muitas coisas incríveis vão acontecer nos próximos anos de exploração espacial. Já era tempo de aparecer alguma organização para explorar os trilhões (ou mais) de dólares contidos no espaço. Podemos, assim, finalmente abrir as portas para a exploração tripulada do sistema solar!

Fonte:
Entrevista de Chris Lewicki, feita pela GeekWire

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